Monstrash em POA, encontro sexodissidente reunindo corpas bizarras em resistência antifascista

A MoNSTraSH é uma agitação política que utiliza o audiovisual como ferramenta de contestação às culturas hegemônicas de sexualidade e gênero. Dando visibilidade a vozes periféricas e dissidentes na arte, além de reunir produções independentes do Brasil e América Latina, buscamos reunir narrativas que questionem o binarismo de gênero e suas tecnologias, a heterossexualidade compulsória enquanto regime político e o cissexismo enquanto estrutura de controle intrínseca na construção do projeto de humanidade e de nossos corpos. A mostra tem como principal objetivo propagar uma cultura de resistência sexodissidente, que materializa não só um outro mundo, mas sobretudo a emergência de outros desejos antisistêmicos possíveis. Exibindo experimentações artísticas e políticas de uma póspornografia que combate o CIStema, colocando corpos não hegemônicos, bizarros e estigmatizados no centro da mandala dos desejos para excitar nossos horizontes e ensaiar a emancipação da colonização que programou nossa subjetividade.

Contando com a presença de pesquisadoras, ativistas, produtoras e artistas que pensam, produzem e vivem experimentando práticas sexuais não cisheterossexistas, o evento é articulado pela Coletiva Vômito e Monstruosas, levando à capital gaúcha uma cultura de resistência sexodissidente, materializando não só um outro mundo, mas sobretudo a emergência de outros desejos e afetos possíveis.

Em tempos tão difíceis tomados pelo inconformismo autoritário contra a livre expressão da existência sexodissidente, a MoNSTraSH representa uma agitação cultural combativa contra o avanço fascista e com relevância nos atuais debates das artes, da sociologia, antropologia e filosofia.

Além da estreia de filmes com curadoria da Distro Dysca e Kuceta Póspornografias, o evento contará com um debate sobre a assimilação da pornografia dissidente por parte do mercado capitalista, uma ótima janela pensar este debate por uma perspectiva não branca e kuir sudaka. Performances com artistas locais e de outros estados brasileiros, além do LineUP com Suelen Melo e HectaMonstra.

PERFORMANCES

A pertinência das performances no questionamento da cisheterossexualidade enquanto sistema político é poder utilizar o corpo moralizado como suporte e meio que expressa possibilidades atingíveis e materializa narrativas como uma espécie de ação direta, que qualquer um pode fazer uso. E é através dos usos que construímos a nós mesmes. Nosso gênero e nossa sexualidade, antes de ser um sistema sempre foi um fazer! A construção do gênero envolve repetição e improvisação em um cenário dado. Se nosso cenário já foi definido e nos é desfavorável, nossas repetições e improvisações construíram e construirão experiências dissidentes que conscientes de suas localizações políticas devem aprender a coexistir entre si, ameaçando a norma e a moral que as extermina.

SEXUALIDADES MONSTRAS EM DEBATE

Racionalizar experiências dissidentes, também diz respeito a construção legitima de narrativas sobre o que fazemos, vivemos e sentimos diante de um contexto de objetificação de nossos corpos que leu e propagou nossa prática e nossa existência como bizarra, anormal e monstruosa!! A urgência do painel “Sexualidades Monstras em Debate” serve para ecoar nosso sentido sobre o que produzimos, concebemos e criamos para combater um discurso hegemônico e ideológico que nos acusa de querer doutrinar este mundo fracassado por um controle que perdeu seu sentido e sua força! Bruna Kury e Hariagi Kapirótika compartilharão suas visões a cerca das hegemonias que nos ronda com tensionamentos que visibilizam as perspectivas de resistência e fissuras que tanto tentam nos esconder e tirar!

4ª Edição da Danzando en Revolta encerra o Ato de Publicação do “Testo Junkie” e “Notas E-videntes”


A partir das 18h o MAMAM virá uma barricada sexodissidente contra o heterocapitalismo. Em sua quarta edição a Danzando em Revolta, apresenta corpos insubmissos como arma bélica que transformarão a pista de dança num ambiente consagrador de expressões sexuais antihegemônicas, onde a destruição da cisheterossexualidade, trará os ruídos para nossas existências dançarem em revolta. Desde 2015 a festa é marcada pela realização de performances que questionam valores opressores, politizando a diversão, proporcionando reflexões através de expressões artísticas marginalizadas e projetando artistas sexo-dissidentes que tem na política emancipatória inspiração para suas pesquisas e criações.

A pista será comandada pelos DJs Dante Olivier e Amethyst, que terão como missão compartilhar um lineup original e dançante, além do show de Yohana Rodrigues conduzindo o público à diversidade da cultura negra para ecoar os gritos de liberdade que exalam entre as lacunas rochosas da hipocrisia.

Já o comboio Box Preparação com os artistas Iagor Peres, Letícia Barbosa e Jorge Kildery apresentam a performance “Só Vai Quem Curte” uma bela provocação que se alimenta nas possibilidades de prazer antihegemônicas. A noite também conta com Nubia Nena Callejeira e sua “Guia Anônima” deslocando a objetificação e a violência sexista para os corpos privilegiados, de maneira que sintam o peso da norma que os protegem.


Convocatória de trabalhos para 2ª Edição do Festival Kuceta prorrogadas até 15 de Setembro


Convocamos a todas as corpas que desejem desconstruir e mover os desejos dissidentes! Corpas transfronteiriças que quebram a hegemonia inventando novas noções de prazeres sexuais, por meio de produções pós pornográficas.

Nos opomos à pornografia comercial que reafirma opressões de gênero, padrões sócio-culturais e hierarquias do sistema cis-hetero-capitalista.

Convocamos as corpas gordas, racializadas, generificadas, transvestigeneres e não bináries, com diversidade funcional e/ou intelectual e todas as corpas que fujam das normatizações dessa cultura branca e higienista que segue a lógica da colonização compulsória. Para que, desde as dissidências sexuais, rechacemos esse papel de sub colonizades e domme colonizadores. Porque já não nos serve mais, porque não seremos os corpos abjetos deles. Seremos as nossas corpas desejantes e insubmissas, reativas e repulsivas, subversivas, asquerosas e orgásticas, redistribuindo e retomando o que é nosso. Propomos também refletir sobre assistência sexual como uma questão de saúde, prostituição como uma possibilidade profissional (quando não compulsória), BDSM como práticas subversivas passíveis de problematização e todas as outras formas de trabalho sexual, que deve ser exercido de maneira segura para todxs que o praticam.

Pensamos em reparação histórica, onde corpas subalternizadas agora falam por si, queremos destruir o heterocapitalismo, e começamos por afetuosidades revolucionárias; se você também é marginalizade e quer fazer parte desse encontro, envie-nos suas produções! DIY! A revolução será transfeminista ou não será.

KUCETA PÓSPORNOGRAFIAS é projeto independente e não remunerado

ENVIO DE PROPOSTAS

Pedimos que nos esclareçam algumas informações da sua proposta para que a gente possa entender melhor, buscando montar uma programação consistente e potente politicamente.

Enviar sua(s) proposta(s) com as informações descritas abaixo, em formato .PDF ou .DOC para o e-mail kucetaposporno@gmail.com ATÉ O DIA 15 DE SETEMBRO DE 2018, AS 23H59 (fuso São Paulo). Estão sendo aceitas até 3 propostas por pessoa. A seleção será divulgada através de e-mail para pessoa selecionada. (no caso de obras físicas a entrega será coordenada com cada artista)

PARA TODAS AS PROPOSTAS

  • Nome dx artista ou coletiva com pequena descrição de sua produção/intenção/ativismo (não mais que 5 linhas)
  • Declaração dx inscritx para que possamos usar a mesma programação em futuras edições do mesmo festival: “Eu, XXX, documento, autorizo a equipe de Kuceta (pós-pornografias) a expor minha obra em futuras edições do mesmo”

VISUAIS

Compreende-se como visual, produções impressas ou digitais, tais como: fotografias, gifs, ilustrações, objetos, esculturas, etc

  • Descrição do projeto
  • Arquivos digitais ou fotos das obras propostas
  • Ficha técnica da obra: título, autor (s), tamanho, linguagem, país, ano, materiais.
  • No caso de propostas de obras físicas pedimos que nos indique onde está a obra, e que nos sugira como poderíamos coordenar para recebê-la(s).

AUDIOVISUAIS

  • Serão aceitos os seguintes gêneros audiovisuais:
    POSPORNOGRAFIAS | de até 20min
    AMATEUR | de até 15min
    VIDEO-PERFORMANCE | de até 10min
  • Sinopse (até 10 linhas)
  • Ficha técnica da obra: título, autorx(s), gênero, idioma, país, ano, duração, outra membro da equipe técnica.
  • Fotograma do vídeo (para divulgação)

BANKINHA KUCETA (FEIRA DA PUTARIA POLÍTICA)

Chamamos a todxs que queiram montar bancas para vender produtos autogestivos. fanzines, objetos, desenhos, stickers, dildos, lubrificantes,roupas e acessórios que dialoguem com o tema, comidas veganas, flash tatoo, etc.

  • Descrição da proposta [sobre o trabalho que você(s) faz(em)]
  • Se quiser adicione algumas fotos para a gente matar a curiosidade
  • Dizer se pretende estar vendendo durante os dois dias do festival ou,caso não seja de São Paulo, como nos enviaria seus produtos e se poderá ter ume representante com a gente.

 

CASO O MATERIAL ESTEJA EM OUTRO IDIOMA QUE NÃO ESPANHOL OU PORTUGUÊS, SERÁ ACEITO DESDE QUE TENHA LEGENDA EM ALGUM DESSES IDIOMAS.

NÃO SERÃO ACEITAS PROPOSTAS EM OUTROS FORMATOS,

NEM PROPOSTAS ENVIADAS DEPOIS DO DIA 15 DE SETEMBRO DE 2018

MAIS INFORMAÇÕES:
Edital Oficial em PDF
Página do evento no facebook

KUCETA (póspornografias): Festival de cultura e política sexodissidente em São Paulo

No próximo 16 de junho acontece no Estúdio Lâmina em São Paulo, o festival de cultura e política sexodissidente “KUCETA (póspornografias)”. O evento é protagonizado por corpos negros, trans, soropositivos, sexomarginalizados, desviantes e construído sob a perspectiva de apoiar e fortalecer uma comunidade e uma rede formada por pessoas que contrariam, combatem e são vítimas da norma, moral e economia heterocapitalista.

O evento também é um marco que promove o choque estrambólico entre a Solange Tô Aberta de Pedra Costa, a batucada de Gil Porto Pyrata, ex-Putinhas Aborteiras e o Anarcofake, dissidência antiheterossexista do Anarcofunk, de Mogli Saura, em uma das 5 perfoshows da noite. O momento é aguardado por representar um encontro de criações que embalaram e inspiraram a emergência de políticas combativas e radicais em torno das sexualidades bizarras, anormais e políticas monstruosas desde o início dos anos 2000


Performances, filmes, feira libertária com bancas de zines, roupas, sex toys, comidas vegetarianas, dvds pornopirata e artes serigrafadas, além de flashs de tatuagens entre 50$ e 100$ com Trava Tatueira, lançamento do zine Siririca e o debate “O que faz de uma relação sexual” com Caróu Oliveira Diquinson, trazendo uma reflexão sobre quais são as perspectivas anarquistas nas disputas de narrativa sobre sexualidade feminina.

A entrada no evento custará 15$ e o arrecadado será compartilhado com as organizadoras e artistas que participarão do evento, PORTANTO NÃO SERÁ ACEITO CARTÃO. A organização frisa que também não tolera atitudes machistas, racistas, misóginas, transfóbicas, conservadoras, julgadoras, gordofóbicas, lésbofóbicas, meritocratas, nacionalistas, moralistas, xenofóbicas e putofóbicas e que o evento também pauta privilégios sistêmicos e marginalidades, ressaltando a importância da redistribuição financeira e fortalecimento das corpas afetadas.

KUCETA (póspornografias)

Inspiradxs em festivais como Muestra Marrana, Bienal de Arte e Sexo Dildo Rosa, Pornífero, Anormal Festival, Arrecheras Heterodisidentes, Monstruosas, etc; pretendemos exibir algo do que tem sido produzido em relação a sexualidades não normativas, em nossa rede pós-pornográfica. Queremos estar juntas em dissidências, articulando nossas guerrilhas ao que nos massacra, mostrando nossas artes, táticas, anti-artes e lutas para não sucumbirmos ao cis-tema(!), para gozarmos, termos prazeres contra hegemônicos e inventar novos prazeres contrassexuais. Nossas cucetas estão em festa, e vamos dedicar esse encontro pra elas!

Usamos o pós porno como ferramenta anticapitalista para potencializar nossa máquina de guerra e metalhar em todxs nossa política anarquista!

É sobre dedicarmos esse encontro a abrir-nos e a preencher de sentidos e diversidades em pulsação, mas óbvio que também rebolaremos nossas rabas até o chão, chão chão.

A programação ainda conta com a instalação Do desejo“, de Gabriela De Laurentiis, a exposição Pornografia Analítica – superinterpretações críticas” de Paulx Castello e uma excitante mostra de vídeos, exibindo trabalhos que já circularam em eventos de sexualidades anormais em âmbito nacional e internacional, além de títulos ainda não tão conhecidos,

PERFORMANCES:

DANI BARSOUMIAN
Artista, feminista autônoma e pesquisadorx do corpo, utiliza a arte da performance para investigar questões relacionadas as construções de identidades.

GIL PORTO PYRATA
Pessoa trans não binária, artista de rua, palhaço freak, anarktransfeminista e terrorperformer, pesquisa pósporno e masculinidades combativas ao heterocispatriarcado, usando linguagens experimentais que circulam entre circo/dança/yoga/textualidades.

RAO NI
Viado do corre autônomo, trabalha com montagem de vídeo, som e desenho.

GORDURA E SUJEIRA
Palhaçxs periféricxs, que transgridem fronteiras, a cultura circense e a cultura das bixas travestis sapatonikas se unem e a tradição perde sua norma.

JOÃO GQ:
Formado em realização audiovisual na Universidade do Vale do Rio dos Sinos em 2012, já foi sócio da produtora audiovisual Avante Filmes entre 2011 a 2013. Em 2015 ingressou no Grupo Experimental de Dança de Porto Alegre e desde então vem pesquisando intersecções entre [corpo + tecnologia + política] e [arte + educação + saúde]. Ainda colaborou com os coletivos: Poro Audiovisual, Coletivo Moebius, C4 Performance em Conjunto, Sapedo Arte Menor e festivau de C4nn3$.

SUE NHAMANDU VIEIRA
A Pornôklasta, Professora de filosofia por mais de 13 anos, performer e ativista transfeminista pró-sexo.

MOGLI SAURA
Artista da fome. Experimenta e cria a partir das ruínas, da rua, do lixo e do mato. Em seu processo de criação compõe, performa, dança e toca. Tendo como ponto de partida a contracultura e a antiarte como referência biológica. Se fez conhecer por suas composições e gravações dentro do coletivo Anarcofunk e pelas performances-rituais em Kaos Dança Butoh. Suas (des)obras são pautadas por questões bio-politicas, existenciais, filosóficas e místicas colocando ancestralidades sem origem, gêneros dissidentes, re-existencias psico-nômadas e anarquias mágicas para rizomar e jogar com as estruturas binárias, rígidas sistemáticas afim de devir (im)possibilidades. da pós-pornografia a palhaçaria, da arte mambeibe a body arte, do funk carioca a musica artesanal campesina mexicana, do butoh ao swing de fogo, do terror ao amor.

BRUNA KURY:
Anarcatransfeminista, performer, pesquisa kuir sudaka no cotidiano e já performou com a Coletiva Vômito, Coletivo Coiote, La Plataformance, MEXA e Coletivo T. Pirateia e faz pósporno e pornoterror. Desenvolve performances/ações diretas contra o cis-tema patriarcal heteronormativo compulsório vigente e a opressões estruturais (GUERRA de classes), principalmente em lugares de crise. Recentemente participou da residência no Capacete (RJ) e do Festival Internacional de Postporno Anormal em Ex-teresa (México).

CAMILA VALONES
É artista-poeta-total. Trabalha entre paisagens plásticas e sonoras, textos, táticas, objetos, seres, fazeres, teatro e performances. Integra desde 2015 a companhia de TEAT(R)O OFICINA UZYNA UZONA. Em 2013 foi premiada pelo Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea. Já teve o seu trabalho exposto em diferentes estados do Brasil e em Quito, no Equador, onde apresentou a peça sonora (l)A Selva.

DESIRE GONZALES

LUA LUCAS
Atuou como atriz junto com o Coletivo T, katita problematizadora na empresa A Revolta da Lâmpada e fortalecedora na empresa Cursinho Popular Transformação

PAULX CASTELLO
Bixa putx transudaka performer e quase varias outras coisas, pósgraduada em pospornografia e desejos contrasexuais pela DIY Univérsity of Você Mesme con Amigues”.

PERFOSHOWS

SOLANGE, TÔ ABERTA
STA! é o fracasso da hetero/homonormatividade: festejar as margens e comemorar a precariedade. STA! é a música pirata, é o fracasso da arte!!! STA! é um buraco que todo mundo tem!!!

VENTURA PROFANA E JHONATTA VICENTE
Ventura Profana e Jhonatta Vicente resgatam vestígios de uma educação evangélica, criando um paralelo entre o genocídio TLGBs e a crucificação de Cristo.

ERIC OLIVEIRA
Integra o Baile em Chernobyl, coletivo de bixas degeneras, periféricas, que correm do patriarcado e atacam com som e performance.

ANA GISELLE
Transalien, monxtra, estranha, vespertine, improferível, idiossincrasia, unlimited spirit, creature of the night

ANIMALIA
Experiência sensorial de estímulo/imaginação por meio de diálogos entre imagem, som e performance.

SERVIÇO
KUCETA (póspornografias)
Sábado, 16 de Junho – 18h
Estúdio Lâmina, Av. São João, 108

Kurso Kuir com Jota Mombaça em Recife gratuito e não recomendado para homens cis heterossexuais

kuir

KURSO KUIR – PERSPECTIVAS MESTIÇAS

A ideia é deslocar o sentido da apropriação “queer” no contexto latino a partir do contágio com as produções de uma rede de artistas-ativistas-articuladorxs que, desde as posições críticas de sujeitxs transbordermestizxs, pirateiam esse referencial, pervertendo seu sentido político associado à colonialidade. Kuir é uma inflexão fonética desse termo que nos foi informado pela produção euroestadunidense; e implica considerar, além das questões ligadas à dissidência sexual e de gênero, o problema da colonialidade em suas intersecções geopolíticas e de raça, classe, espécie. Textos-bomba, videos pornodissidentes, performances e outras produções estéticas monstruosas a partir de nossas próprias experiências periféricas, mestiças, generodesobedientes, anticoloniais e sexualmente transmissíveis.

Quanto a inscrição: não vai precisar enviar e-mail, basta chegar no dia com um pouquinho de antecedência e, enquanto houver espaço, todes serão acolhides. Quer dizer, todes exceto homens cisgêneros heterossexuais, os quais não encorajamos a participar (simplesmente porque esta atividade não é sobre vocês). As demais pessoas (que não se encaixem nessa categoria), sim, serão bem vindas.

Atitudes de cunho heterossexista, misógino, transfóbico, racista, lesbofóbico, gordofóbico, capacitista, homofóbico, patriarcal, xenofóbico e classista serão resistidas e rechaçadas, independente de quem as acione. A ideia é criarmos um espaço interseccional bacana onde todes possamos nos expressar a respeito de nossas questões sem que, para isso, violentemos outras corpas minoritárias.

Jota Mombaça pode ser chamadx Monstrx, K-trina e Erratik. É umx one hit artist pop guerrilheirx, bruxx políticx, performer e pesquisadorx del kuir em contextos sudakas, terceiro-mundistas, transfronteiriços e de mestiçagem estética, ética, visual, linguística, política, étnica, sexual e epistêmica.

Vem aí: Monstruosas: Subpolíticas e Descolonialidades | 21 e 22 de Agosto em Recife

11791810_1619442058338708_82785805_nEncontro de catalisação de potências antissistêmicas através do corpo, e seus deslocamentos como possibilidade de vivências políticas de resistência. Articulado em perspectiva anticivilizatória.

Conectando geografias afetivas e espaciais, o encontro trará diálogos e tensionamentos diagramados no corpo enquanto ferramenta principal do existir político, pelo viés de sua atuação afetiva-sexual e performativa. Esses diálogos serão facilitados por personagens que pensam suas ações políticas desde o ponto local até sua expansão em território estendido, somando questionamentosoprimidos pelo cistema heterocapitalista.

Lutando por uma sexualidade livre, iniciada não pelo discurso da liberdade da ação sexual em si, nem pela classificação das diversidade sexuais já lidas, mas da liberdade de exercício do corpo e de seus devires, sendo sempre relido conforme seus novos dispositivos de desejo político. Buscamos um debate horizontal que tem como princípio desprogramador questionamentos provenientes de marginalidades e seus atravessamentos. Diagramando assim um corpo político na utopia do agora, uma existência trans-feminista-negra, de classe y gorda. Sem fronteiras.

Nessa diagramação estamos prezando pela autonomia dos corpos e suas resistências, articulando e experimentando cotidianos de emancipação pensando um corpo que é próprio e também é outro. Assim levantaremos práticas de autogestão anti-especistas, contraletradas e nômadas como horizontes de potência revolucionária.

>>>>>>>>> PROGRAMAÇÃO <<<<<<<<<

Sex – 21.08, 18hrs    
Pornífero Festival de Arte Pós-Pornô – Itinerância do Festival de Lima (PERU)

Apresenta e representa liberdades visuais derivadas de práticas radicais em um contexto ibero-americano, modificadas através de uma lógica histórica cheia de regimes políticos assassinos e ditatoriais, e instalando-se tensamente em um sistema pró capitalista pós colonial cuja brecha principal é a tecnologia. O material coletado para a programação, retrata uma disparidade estética e propositiva. O uso de sexualidades dissidentes como arma homicida, infectando um corpo heteronormativo que se via enquanto poderoso e definitivo. Material em video arte de países como México, Colombia, Chile e Peru, formam parte dessa seleção que trata de pôr ênfase na prática pós-pornô em países tão complexos como os da Latinamérica.

Sáb – 22.08, 15hrs
Kurso Kuir – Persepctivas Mestiças

Facilitado por Jota Mombaça que tem como ideia deslocar o sentido da apropriação “queer” no contexto “latinoamericano” a partir do contágio com as produções de uma rede de artistas-ativistas-articuladorxs que, desde as posições críticas de sujeitxs transbordermestizxs, pirateiam esse referencial, pervertendo seu sentido político associado à colonialidade.

Sáb – 22.08, 22hrs
Danzando en em Revolta

A pista de dança como campo de guerra, o corpo como arma bélica e a dança como movimento emancipatório. Para que nossas existências possam DANÇAR em REVOLTA a música do ruído da queda da civilização.

Com Solânge,tô aberta!: STA! é o fracasso da hetero/homonormatividade: festejar as margens e comemorar a precariedade. STA! é a música pirata, é o fracasso da arte!!! STA! é um buraco que todo mundo tem!!!

K-trina Errátik: Compõe pop-guerrilhas como declaração de guerra das bichas do terceiro mundo.

Eu o Declaro Meu Inimigo: “Aquele que puser as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo!”, declaram também que a música pode ser perigosa.

Coletivo Coiote: A atualização estética da violência traz na noção de dispêndio uma nova gestão do corpo, aquele que enfrenta a violência enquanto agente e não mais como vítima. Só podemos destruir aquilo que é nosso, destruir é uma forma de consumo, o autoflagelo é a expressão não falada de “Este corpo é meu”. O empoderamento se dá em uma relação agonística de destruição e auto-descolonização, enfatizando a caracterização estética da esquizofrenia, da sujeira, da sexualidade dissidente como existência potencial, afirmadora de sentido e que denuncia a passividade enquanto cúmplice da violência higienista.

Mais informações:
Página do evento no facebook: Monstruosas: Subpolíticas e Descolonialidades
Contato Distro Dysca: distrodysca@bastardi.net

Performance ‘Mulher de Carga’ será apresentada no centro de Recife

Parando o trânsito de Recife!!!
Como realizada em BH a perfomance Mulher de Carga, que em solos mineiros teve a maravilhosa participação de Diogo Magno, ocorrerá agora em terras pernambucanas com a presença do artista Ângelo Fábio!!!
Ação performática que pretende intervir no cotidiano da cidade trazendo reflexões acerca da mulher e o peso social que ela carregou e carrega pela história. Quem é essa mulher? Qual é esse peso? Quem está no domínio dessa carroça?

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